As paratireoides, na verdade, são formadas por quatro pequeninas glândulas do tamanho de uma ervilha que ficam atrás da tireoide, duas superiormente e duas inferiormente a ela. Existem casos em que essas glândulas podem estar internas à tireoide, ou também podem existir variações na quantidade, podendo existir seis ou oito.
O papel principal dessa glândula se relaciona à ação do seu hormônio: o paratormônio (PTH) e a calcitonina. A função dos dois hormônios e da glândula, em si, é, resumidamente, controlar a concentração de cálcio e fosfato no sangue, ossos e rins. Esses são íons imprescindíveis para o funcionamento do organismo.
Com a ação desses hormônios ocorre a regulação da concentração de íons cálcio no sangue de todos nós, permitindo que os ossos não sejam degradados, porém que esteja disponível a quantidade necessária de cálcio no sangue para as atividades do corpo. Afinal, o íon cálcio é importante para uma série de reações do nosso corpo, como a coagulação sanguínea, a contração muscular e, até mesmo, a transmissão de impulsos nervosos.
Podemos ver o quanto importante essa pequenina glândula é para nosso corpo.
Hipoparatireoidismo
Hipoparatireoidismo é um distúrbio no qual as glândulas paratireoides no pescoço não produzem hormônio da paratireoide suficiente (PTH).
Causas
O hipoparatireoidismo ocorre quando as glândulas produzem pouquíssimo PTH. Os níveis de cálcio no sangue caem e os níveis de fósforo sobem.
A causa mais comum de hipoparatireoidismo é lesão nas glândulas paratireoides durante a cirurgia de tireoide e pescoço. Pode ser temporário ou permanente. Outras causas são mais raras e incluem distúrbios auto-imunes.
Sintomas de Hipoparatireoidismo
- Formigamento nos lábios, dedos das mãos e dos pés
- Espasmos musculares chamados tetania (podem afetar a laringe, provocando dificuldade respiratória)
- Unhas frágeis
- Cabelos secos
- Pele seca e escamada
- Cãibras musculares Dor na face, pernas e pés
- Esmalte dos dentes fraco (em crianças)
Tratamento de Hipoparatireoidismo
O objetivo do tratamento é restaurar o equilíbrio de cálcio e mineral no corpo.
O tratamento envolve suplementos de carbonato de cálcio e vitamina D que geralmente devem ser tomados a vida toda. Os níveis no sangue são medidos regularmente para confirmar se a dose está correta. É recomendada uma dieta com alto teor de cálcio e baixo de fósforo
Pessoas com níveis muito baixos de cálcio ou contrações musculares prolongadas podem precisar tomar cálcio por via venosa. Quando o nível de cálcio tiver sido controlado, o tratamento continua com remédio tomado por via oral.
Hiperparatireoidismo
Doença caracterizada pelo excesso de funcionamento das glândulas paratireóides, causando aumento do hormônio da paratireóide (PTH) e levando a sinais e sintomas decorrentes do aumento de cálcio no sangue (hipercalcemia), na urina (hipercalciúria) e da retirada de cálcio dos ossos (osteoporose e cistos ósseos). Pode ser provocada por tumores benignos (adenomas), hiperplasia ou muito raramente por tumores malignos das glândulas paratireóides.
O que se sente?
Os sintomas podem ser decorrentes da hipercalcemia, dependendo dos seus níveis e do tempo de evolução. Assim, a hipercalcemia leve (até 11 mg/dl) pode ser totalmente assintomática, sendo descoberta ocasionalmente em exame laboratorial de rotina. Na presença de níveis mais elevados surgem os seguintes sintomas:
- Formação de cálculos renais
- Osteopenia ou osteoporos
- Insuficiência renal
- Fraqueza muscular
- Formigamentos,
- Intestino preso
- Dor abdominal
- Náuseas e vômitos,
- Confusão mental
- Depressão e psicose
- Dores ósseas
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é estabelecido a partir de dosagens elevadas de cálcio no sangue associadas com aumento dos níveis do PTH (paratormônio). As alterações ósseas podem ser demonstradas através de radiografias das mãos, ossos longos, coluna, crânio e arcada dentária. As alterações renais podem ser avaliadas através de ultra-sonografia abdominal.
Após a demonstração de aumento do cálcio e do PTH deve-se buscar a causa destas alterações através de exames de imagem na região do pescoço (ultra-sonografia, cintilografia, tomografia e ressonância magnética).
Como se trata?
O tratamento definitivo é realizado através da cirurgia das paratireóides, que consta da retirada do adenoma ou do carcinoma, quando esta for a causa do hiperparatireiodismo, ou da retirada das quatro glândulas paratireóides e implante de uma delas em região do antebraço ou do pescoço, quando a causa for a hiperplasia das glândulas. Os exames pré-operatórios são úteis para indicar previamente uma das possibilidades diagnósticas.
Se a hipercalcemia for severa (acima de 13 mg/dl), a mesma deve ser manejada através de hidratação por via oral, estimulando o paciente a ingerir pelo menos 2 litros de água por dia, ou por via endovenosa, através da administração de soro fisiológico (2 a 4 litros por dia). Se estas medidas não forem eficientes, podem ser associados diuréticos, cortisona, calcitonina ou bisfosfonatos.
O que se sente?
Os sintomas podem ser decorrentes da hipercalcemia, dependendo dos seus níveis e do tempo de evolução. Assim, a hipercalcemia leve (até 11 mg/dl) pode ser totalmente assintomática, sendo descoberta ocasionalmente em exame laboratorial de rotina. Na presença de níveis mais elevados surgem os seguintes sintomas: