Diabetes mellitus é o nome dado a um grupo de distúrbios metabólicos que resultam em níveis elevados de glicose no sangue (conhecido popularmente com açúcar alto no sangue). Existem vários tipos de diabetes e várias causas para os mesmos.
O diabetes é uma das doenças mais comuns no mundo e sua incidência tem aumentado ao longo dos anos, devido principalmente à má alimentação e à obesidade.
O que é a glicose?
A glicose, também chamada de dextrose, é uma molécula simples de carboidrato (monossacarídeo), cuja principal função é fornecer energia para as células funcionarem. A maioria dos carboidratos da nossa dieta é composta por três monossacarídeos: glicose, frutose e galactose. Para ficar mais fácil de entender, pense nessas três moléculas como pequenos tijolos. O modo como esses tijolos se agrupam dá origem aos diferentes tipos de carboidratos que comemos, desde as frutas, até cereais, mel, massas, pão, vegetais, etc. Exemplos: o famoso açúcar de mesa, chamado de sacarose, é a junção de apenas dois monossacarídeos, a glicose e a frutose. Já o carboidrato presente no leite, chamado de lactose, é a junção de glicose com galactose. O nosso corpo precisa de glicose para funcionar, ela é o nosso combustível. A glicose é a única molécula de carboidrato que pode nos fornecer energia. Tanto a frutose quanto a galactose precisam antes serem transformadas em glicose pelo fígado para poderem ser aproveitadas pelas células.
Controle da glicose no sangue – Papel da insulina
Após uma refeição, os carboidratos que foram ingeridos passarão pelo processo da digestão. Digerir um carboidrato significa quebrá-lo em vários micro pedaços até que se libertem todos os “tijolos” de glicose. No intestino delgado, estas moléculas serão absorvidas, chegando à circulação sanguínea. Após uma refeição, uma grande quantidade de glicose, frutose e galactose chegam à corrente sanguínea, aumentando a glicemia [glicemia = concentração de glicose no sangue]. Sempre que há uma elevação na glicemia, o pâncreas libera um hormônio chamado insulina, que faz com que a glicose circulante no sangue entre nas células do nosso corpo. A insulina também estimula o armazenamento de glicose no fígado, para que, em períodos de necessidade, o corpo tenha uma fonte de glicose que não dependa da alimentação. Estas duas ações da insulina promovem uma rápida queda na glicemia, fazendo com que os níveis de glicose se normalizem rapidamente.
O que é diabetes?
Diabetes mellitus é o nome dado ao grupo de doenças que cursam com uma dificuldade do organismo em controlar os níveis de glicose do sangue, mantendo-os sempre acima do normal. Dizemos que o diabetes é um grupo de doenças porque existe mais de um tipo de diabetes, apresentando causas diferentes e mecanismos distintos para a desregulação da glicemia. Habitualmente o diabetes surge por falta de produção insulina ou por uma incapacidade das células reconhecerem a presença da mesma, ou seja, existe insulina, mas ela não consegue colocar a glicose para dentro das células. Há casos ainda em que o paciente apresenta os dois problemas, além de produz pouca insulina, ela ainda funciona mal. O resultado final desta redução da produção de insulina, ou do seu mal funcionamento, é o acúmulo de glicose no sangue. O paciente se alimenta, recebe uma carga de glicose no sangue, mas as células não conseguem captá-lo, mantendo a glicemia elevada constantemente. Esta glicemia elevada, chamada de hiperglicemia, provoca dois grandes problemas. O primeiro, a curto prazo, é a falta de glicose nas células, que precisam da mesma para funcionar adequadamente. O segundo, que ocorre após anos de doença, é a lesão dos vasos sanguíneos. O excesso de glicose é tóxico para as células dos vasos, fazendo com que as artérias sofram progressivas lesões, levando às complicações típicas do diabetes, como problemas renais, cegueira, doenças cardiovasculares, lesões neurológicas, gangrena dos membros, etc.